segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Estiagem afeta 3.800 famílias e deixa 14 municípios em emergência no Amazonas


07/12/2009 - 20h29
Ana Sachs
Do UOL Notícias

A falta de chuvas no Amazonas já deixou um saldo de 14 municípios em estado de emergência. A estiagem atinge principalmente o entorno de Manaus - que sofre ainda com as densas queimadas, cuja falta de chuvas impede que a fumaça se dissipe - e a região do Alto Rio Negro, segundo o coronel Roberto Rocha, coordenador da Defesa Civil do Estadual.

De acordo com ele, cerca de 2.000 famílias foram afetadas de alguma forma (pela falta de água, alimentos, transporte, etc.) no entorno de Manaus, sendo que dessas, entre 600 e 1.000 estariam isoladas por conta da seca nos rios. Outras 1.800 famílias foram afetadas na região do Alto Rio Negro, principalmente nos municípios de Santa Isabel e São Gabriel, ambos em estado de emergência.
Seca no AM pode se prolongar até 2010

Além de cestas básicas, filtros e hipoclorito de sódio estão sendo distribuídos nas áreas afetadas pela seca nos rios para evitar que a população consuma água não potável, afirma o coronel. Os carros-pipa não conseguem chegar na maioria dessas áreas, nas quais o acesso principal se dá pelos rios.

"Carro-pipa para nós é difícil, não temos acesso por veículo. Por isso usamos como manobra contra a estiagem as cacimbas, que são buracos entre 30 a 40 cm que se faz na terra na tentativa de atingir um lençol de água subterrâneo. Devido ao terreno úmido da região, a água se acumula no solo", afirma ele.

A escassez de chuvas atinge o Estado desde outubro. Na região do rio Manaquiri, cuja baixa oxigenação na água deixou milhares de peixes mortos, a estiagem é comum, mas não com essa intensidade, explica o coordenador da Defesa Civil Estadual. "Sempre há algunas peixes mortos, mas neste ano o rio secou por completo", disse. O fenômeno El Niño, que causa o aquecimento das águas do oceano Pacífico, seria a causa da escassez de chuva.

A situação, que já é grave, não deve melhorar tão cedo. Segundo o coronel, a previsão é de que chova na regiões afetadas somente a partir de janeiro.
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