quinta-feira, 28 de maio de 2009

Pescador é assassinado no RJ



Ameaçado de morte, pescador é executado seis horas após protesto
por Michelle Amaral da Silva
25/05/2009 11:12

Veja a matéria clicando aqui!

O pescador que havia denunciado ameaças de morte foi espancado e executado com cinco tiros, no rosto e na nuca. Há forte indícios de que morte esteja ligada a protestos e denúncias contra empresa GDK

Leandro Uchoas, de Magé (RJ)

Às 10h30 desse domingo, foi enterrado o pescador assassinado na madrugada de sexta-feira, em Magé-RJ, sob clima de forte emoção e presença maciça de moradores e representantes de movimentos sociais. O crime que surpreendeu e chocou a cidade aconteceu em condições misteriosas. Paulo César Santos, de 45 anos, foi morto apenas seis horas depois da interdição das obras da empresa GDK, que ocorreu por denúncias da Associação dos Homens do Mar (Ahomar) da qual Paulo era tesoureiro.

Ainda não há provas claras da relação entre o assassinato e a interdição da obra. Entretanto, os indícios são incontáveis. Os pescadores da Ahomar vinham relatando ameaças de morte e atentados há meses. Denunciando violações de leis ambientais e trabalhistas, organizaram uma manifestação de 38 dias no mar, dificultando a continuidade das obras da GDK – que junto à Oceânica toca o projeto GLP da Petrobrás, uma das intervenções do PAC na Baía da Guanabara. A manifestação só parou após violenta ação repressiva do Grupo Aéreo Marítimo (GAM) e o Batalhão local (intervenção considerada arbitrária e ilegal pela juíza da Vara Cível de Magé, Suzana Cypriano).

O assassinato de Paulo ocorreu em condições estranhas. Às 11h30 da sexta-feira, três homens brancos entraram na casa do pescador, e o retiraram. Sua esposa e filhos permaneceram no interior, ouvindo as agressões e gritos. O pescador levou pancadas durante meia hora. A esposa alegou que só ouviu dos invasores perguntas sobre documentos, e sobre o presidente da Ahomar, Alexandre Anderson. Paulo foi assassinado com cinco tiros, sendo três no rosto e dois na nuca. Os matadores fugiram, da casa, levando alguns papéis. Estavam em um golf branco, com a placa vedada. Paulo estava afastado do movimento da Ahomar por questões de saúde.

Segundo Alexandre Anderson, o pescador estava muito tenso nos últimos tempos, e teria lhe pedido de forma muito enfática, na segunda-feira que antecedeu o crime, para que fosse embora de Magé. Alexandre já foi ameaçado de morte inúmeras vezes, e sofreu um sério atentado no último 1° de maio.

O projeto tem inviabilizado a atividade de pesca artesanal, e impactado seriamente o meio-ambiente da região, onde vivem cerca de 3 mil pescadores. A interdição da obra ocorreu por volta das 17h40 da sexta-feira, numa auditoria conjunta das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e da Fazenda, e o Conselho Municipal de Meio-ambiente. Foram encontradas, pelo menos, 42 irregularidades no projeto, inclusive no processo de licenciamento do projeto.

Segundo os pescadores, a Petrobrás não se reuniu em nenhum momento para negociar alternativas. Na próxima quarta-feira, está previsto um ato de protesto em frente à empresa, no Centro do Rio. Também se planeja para junho uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Fora as supostas violações ambientais, trabalhistas, e ao patrimônio histórico local, a Ahomar acusa a empresa de boicotar participantes e familiares de manifestantes dos empregos na empresa. A pesca teria sido reduzida em até 70% na região.


Mais relatos do prof. sidão, com uma novidade: clique aqui para ver o álbum das fotos da Missão a Maputo. Clique aqui para ver outro álbum.

Diário da missão a Maputo, 27 de maio de 2009

08h30h - Hoje saímos um pouco mais tarde, ao contrario do dia anterior, fomos ao e no norte de Maputo, precisamente fomos a Marracuene e Costa do Sol. Fomos novamente em duas caminhonetas 4x4, creio que sem elas ficaria difícil chegar aonde fomo. Fomos primeiro visitar a Unidade Produtora de Alevinos, iniciativa única em Maputo, em Moçambique há outras. Para chegar lá percorremos caminhos tortuosos, em solo arenoso, fofo, ora por capinzeiros de um lado e de outro passando por pequenas vilas, onde mulheres expunham produtos, sobre toalhas colocadas sobre o chão, para tentar vender tomates, cebolas, alfaces, biscoitos. Cruzamos por edificações sendo reconstruída, herança do período colonial, escolas infantis, repleta de “miúdos”. De fato são “miúdos”, como toda criança, lindas, em seu frescor, energia, e alegria que os fez levantar a mão para nos dar um alô risonho. Uma vista de uma vida dura, mas também se via uma vida digna, vimos nessa nova etapa pobreza, não miséria.

Abdul Magid é o nome de um dos proprietários da Unidade. Ele e mais quatro irmãos financiam o empreendimento. Eles herdaram a propriedade, nela há agricultura, de tudo um pouco, gado e a Unidade. Dos quatro é o único que trabalha no processo de produção. Abdul é descendente de árabe, o primeiro proprietário foi o seu avo, Sr. Jafar, ainda no século XIX, era conhecido como o rei das rosas, produzia inclusive rosas pretas! A Unidade, portanto, é de propriedade familiar e conta com empregados, portanto um empreendimento privado. Todo o financiamento veio da produção das culturas e da pecuária, obtém do governo apoio técnico. Há também o acompanhamento, ainda irregular, do responsável do IDPPE no município, o Pires, outro jovem articulador, fazendo o papel que o Inácio terá que realizar no Norte do estado do Rio, no tocante aos territórios da política da SEAP.

Observou-se que o tipo de produção é muito parecido com o que havia no Brasil, há mais de vinte anos, que há uma grande defasagem e diferenciação tecnológica, que isso deve ser levado em consideração. Não se deveria, analisou-se tentar qualquer colaboração que não levasse em consideração que a consolidação daquele empreendimento deva ser feito aos poucos e com as condições locais e moçambicanas para o setor. Eu fiquei muito bem impressionado com o que vi, contei doze tanques de 10 metros por cinco metros, com profundidade entre 1metro e 1,5 metros. Importante, a Unidade não faz engorda, como diz o nome, produz Alevinos, tilápias bem jovens.
Em seguida, voltamos às estradas tortuosas, voltando para Maputo, paramos um pouco na Costa do Sol, onde vislumbramos imenso recuo da maré da Barra de Maputo, algo parecido com o fenômeno de São Luiz. Disseram que nem sempre é assim. Isso permitiu vermos os pescadores fazendo manutenção de seus barcos, todos de madeira e a maioria a vela, poucos com motor, eu não vi qualquer. Perguntei a uma simpática dupla de jovens pescadores, que suavam para pintar o casco do barco, se tinham problemas de apodrecimento decorrente de animais diversos. Eles confirmaram, mostrando outros sem manutenção com problemas nos cascos. Eles mesmos constroem seus barcos, em suas casas, orientados por mestres. Há uma associação de mestres. Nem pensar em afirmar que se trata de pensamento coletivo, visto a ligeireza da conversa, foi dito por uns quatro pescadores que eles preferem que os barcos tenham motor, para não depender dos ventos. Eles precisam do barco, não podendo fazer pesca de arrasto de praia, pois a incidência de camarões e peixes é maior e mais rentável, ao redor da Ilha de Inhaca (aqui essa palavra não tem o significado de indolência ou preguiça), que fica uma distancia que se percorre normalmente em uma hora, mais ou menos, das margens da Costa do Sol.

É ressaltado pelo pessoal do IDPPE o obvio: que a Barra sofre menos com a poluição, seja sonora, seja de óleo diesel, exatamente pelo fato de não usarem e não terem mesmo condições de adquirirem motores. Ficamos de retornar mais tarde e novamente fomos para as caminhonetes e novamente fomos pelas estradas tortuosas, ainda mais, com cada vez solo mais arenoso, fofo, que sem o 4x4, como disse não seria possível chegar ao estuário aonde chegamos. Fomos a uma localidade de denominada Montanhana, do distrito de Marracuene, o mesmo da Unidade de Beneficiamento de Alevinos. Descemos das caminhonetes, ao lado da barra de Maputo, num lugar sem casas, muito bonito, e fomos orientados a arregaçar as calças ( eu não porque estava de bermuda), para poder atravessar o estuário. Foi a primeira vez que coloquei os pés nas águas do Oceano Indico, mesmo que numa barra. Foi emocionante, venho Ghandi à minha mente. Cada um experimentou a água de um jeito. Andamos uns 15 minutos e chegamos a um pequeno lugarejo, onde havia uma movimentação de pescadores e mulheres que não estão envolvidas na pesca direta (aqui elas não são consideradas pescadoras caso se dediquem a serem compradeiras ou vendedeiras). A reunião foi debaixo de uma ampla arvore, com tempo fresco de outono, numa elipse que não fechou. De um lado nossa missão somada a delegados e funcionários do IDPPE. Do outro lado, pescadores da comunidade, dirigentes da Associação dos Pescadores de Montanhana. O presidente e o vice presidente estavam com camisa e boné da Associação, No peito pudemos ler: Viva o 1o de Maio. Depois de já estar andando a reunião chegou o presidente do Conselho da Comunidade Pesqueira, fundada há três meses.

Todos se apresentaram em seguida a reunião foi aberta pelo jovem delegado do IDPPE, Pires, explicando a busca de uma colaboração entre Brasil e Moçambique. Mauro dirigiu-se aos pescadores, principalmente para dizer querer ouvi-los. Foram feitas varias falas, a primeira foi do pescador mais antigo presente, entremeado pelo presidente da associação, ambos se comunicaram no dialeto Xangana (penso que esteja denominando- o corretamente) . Pires ia traduzindo. Eles falaram olhando para o jovem facilitador. Denote-se que esse dialeto é falado em vários lugares da África. Foi muito tocante o momento, o cenário, as faces tensas e um cansaço claro. Não demorou para que outro jovem, a principal liderança deles, considerado por todos nos como a maior delas que contatamos até então. Ele reclamou de varias coisas com assertividade e muita clareza: primeiro, que estavam ali desde as 7 horas da manha, para receberam outra delegação estrangeira, de um grande projeto internacional ligado AA FAO, de boas praticas pesqueiras e beneficiamento, sediado na Tanzânia; segundo que souberam em cima da hora que nos iríamos aparecer. Terceiro, que eram 14h e que estavam cansados e muitos com fome ( a maioria vai e vem todo dia, não reside no local). Quarto lugar que não acreditavam nas promessas do governo, que ele era da FRELIMO, mas nem por isso deixaria de se queixar que a comunidade estava abandonada, que não possuía eletricidade, acesso viário etc.

É bom que se diga, a bem da verdade, que o pescador mais antigo, em Xangana, houvera falado sobre o grande problema do escoamento da produção. Diferentemente da comunidade visitada no dia anterior, da represa, eles dependem de compradeiras – que não são da comunidade – que vem comprar o produto. Alem disso reclamou que no tempo das chuvas, ou quando já alguma excepcional, fica impossível qualquer movimentação, seja para ir ou vir na região. Voltando ao jovem líder, ele reclamou fortemente da ausência de energia elétrica na comunidade, sendo que as vizinhas já possuíam e que isso iria demorar ainda muito tempo (quatro ou cinco anos). Foi levantado se ele possuía apoio em sua fala, pelo Ernesto do IDPPE, dois ou três outros dos presentes, fizeram coro ao debate. Muito bem, portanto as questões debatidas a seguir dos depoimentos foram as seguintes:

a) Energia elétrica, senão aquela originaria de redes, pensar em alternativas, como a energia solar;

b) Sobre a dificuldade do acesso por conta do estuário, Mauro bateu na tecla de não pensarem em curto prazo e tentarem fazer qualquer obra, pois ele é o responsável pela reprodução do estoque;

c) No debate foi levantado por alguns dos pescadores que o estoque estava diminuindo visivelmente e eles estavam debatendo se não seria o caso de construir uma Unidade de Criação de Alevinos;

d) Foi debatida também a necessidade de se ter refrigeração, pois isso os coloca na mão dos compradores. Ressalte-se que fruto do projeto citado anteriormente, sediado na Tanzânia, esta sendo construída uma unidade de tratamento para o pescado que chegar. Isso permitiu reflexões paralelas se não se poderia construir a prazo um centro integrado de pesca artesanal, segundo a filosofia de centros de pesca ou do CIPAR.

e) O debate político foi importante, pois colocou no palco a discussão sobre o gerenciamento do conflito, Particularmente o Mauro, frisou que deveriam exercitar a cidadania, a pressão ao governo, com propostas concretas, exercitando a pratica de representação participativa da associação e do Centro recém criado. Ou seja, de que as energias das reclamações ao governo deveriam ser focalizadas na busca de uma gestão social e compartilhadas dos recursos pesqueiros (essa qualificação é minha)
Ao final foi feito discursos do lado da missão e do IDPPE, para ser finalmente finalizado pelo presidente da Associação.

Comprometeu- se que as comunidades visitadas e a de Montanhana, deveriam estar nas reflexões do plano bilateral de cooperação que será elaborado ate sexta feira. Findo o debate, retornamos para as duas vans, novamente os caminhos tortuosos, e deparamos com a insólita e linda cena de um professor, debaixo de uma arvore, estava dando aula para crianças, entre sete e 10 anos, todas quietas, prestando muita atenção. As duas caminhonetes pararam recuaram e nos registramos nas maquinas o momento. Saímos rapidamente, pois as crianças começaram a se desconcentrar e ficamos temerosos em prejudicar o desenvolvimento do aparentemente talentoso professor. Cena rara! Ta registrada e esta no nosso álbum de fotos.

Finalmente, a caravana foi concluída na Costa do Sol, onde conversamos com um dos lideres do Centro Comunitário dos Pescadores, que muito rapidamente nos colocou a par dos principais problemas: refrigeração do pescado, acesso ‘a pesca, por conta dos mares, comercialização. A conversa foi muito rápida, seria temerário até concluir com alguma objetividade o que penso que seria o pleito, Com certeza foi apenas uma troca de impressões, diferente das analises, desenvolvidas tanto na Unidade de Beneficiamento, como na comunidade de Montanhana. Eram 15h30minh quando retornamos ao hotel, tomamos um banho e fomos almoçar ‘as 17h. Eu , Mauro e João, Luiz não foi por conta de ter ido visitar o Instituto de Desenvolvimento da Aqüacultura. INAQUA.

Embora cansados e com fome, foi inevitável que conversássemos sobre os desdobramentos para o dia de amanha. Depois da reunião protocolar com o ministro e o embaixador; visita ao Laboratório do Instituto de Fiscalização, da visita á Escola de Pesca e finalmente ao Instituto de Investigação e Estatística, depois dessa maratona matinal – vespertina inicial, ‘as 14h deveremos estar no IDPPE para negociar os elementos, conceitos, ações que deverão constar no plano de colaboração, levando em consideração a proposta enviada pelo ministro moçambicano ao do Brasil.
Há muita duvidas, claro, pois a responsabilidade é grande em propor um plano exeqüível, com duração de um ano e meio, ou menos, contando com 300 mil dólares, e que também garanta um legado. Parece que teremos que erigir artefatos, articulados com ações comunicativas e educacionais, ancoradas em instituições moçambicanas em parceria com brasileiras.

Conversamos também sobre a oportunidade de se propor amanha à tarde, rodadas paritárias, intercaladas com analises de cada um dos dois países, de sorte poder propiciar o livre debate, ao mesmo tempo a assertividade das propostas de cada pais.

Isso tentaremos amanhã, e que Deus nos ajude, e ele há de ajudar!

Sidão

Diário da Missão a Maputo - 26/05



Diário da missão a Maputo, 26 de maio de 2009

Hoje começamos mais cedo,7:30h. Saímos numa caminhonete 4x4 do Instituto de Pescas de Pequena Escala(IDPPE). Nós quatro:Mauro, João, Luiz e eu. O motorista, Sr Marco, natural de Inhanbame, Moçambique. Ele nos acompanhou até 19:30h quando retornamos ao Hotel. Numa outra caminhonete foram outro motorista, não anotei o nome dele, o Sr Ernesto, responsável pelo Departamento de Desenvolvimento Social do IDPPE.

Viajamos para a Represa (Albufeira) de Corumãne, instalada em 1989, após 8 anos de construção, distante 80 km aproximadamente de Maputo. A represa está ligada a um rio que vem da África do Sul, da qual se pode ver de lá a montanha que faz a divisa ao sul. Fomos ao distrito de Sabi (estou com dúvidas do nome depois confirmo). Desde essa época a pesca iniciou, organizaram- se os pescadores em associação para garantir o manejo dos recursos pesqueiros, centralmente tilápia. Lá iríamos visitar uma vila de pescadores, onde existem três associações de pescadores (Corumãne, 25 de setembro e 25 de julho) e um Centro de Comunidade Pesqueira, o qual junto com o Programa de Crédito Rotativo e as Associações tentam co-gerir o uso dos recursos comuns na região. Tentam, seja porque é recente a implantação e as limitações para essa prática, seja porque há muitos problemas de natureza política, como a guerra de libertação, divergências entre etnias, etc. Isso é apenas uma hipótese, carece de aprofundar com cautela.

Fomos ao local especial para reunir a comunidade, todo feito de bambu com vigas de estrutura de madeira, o chão é de terra, numa paisagem típica de savanas africanas, com muito espaços de terra abertos. Lá a terra é rica para plantação, o milho é central, mas sem chuva a plantação seca muito rapidamente. Encontramo-nos ali com o presidente da associação de pescadores de Corumãne (fundada em 2000) e a de Pescadores 25 de setembro, fundada em 2007 e o presidente do Centro da Comunidade Pesqueira (fundado em 2007 e iniciado em 2008).
Em seguida nos dirigimos a um dos quatro pólos de pesca na barragem. Há 217 pescadores nessa região que se ocupam da pesca na represa. Há dois tipos de peixes predominantes, a tilapia africana (grande) e a outra de tipo pequena. A tilápia é um peixe carnívoro, provavelmente afujenta outras espécies da represa. Entretanto pudemos ver outros peixes, poucos, bagre, e o surpreendente peixe tigre (com dentes enormes).

O processo na cadeia produtiva da pesca é o seguinte: os pescadores residem em barracas e barracos de palha, bambu, ao lado da represa , entre segunda e sexta. Eles colocam as redes de espera (emalha) e pela manhã recolhem e retiram os peixes. Não há trapiche, tampouco qualquer cais, Os barcos a remo, encostam na margem da represa e o peixe e vendido para a “compradeira”, paga 25 mequitais (aproximadamente U$ 1,00), paga 10 mequitais para o transporte, que não possuem refrigeração. A compraderia sobe no caminhão e vai vender (daí é a vendedeira) a 45 mequitais num entreposto que, segundo apuramos, consegue até 80 mequitais por quilo. Todos, pescadores, compradeiras, vendedeiras, transportadores são membros da comunidade.
Parece pelos depoimentos que toda essa tarifação é decidida em assembléia do Centro Comunitário dos Pescadores. As embarcações são feitas por serralheiros da região, a maioria é feito com chapas de ferro. Os remos são feitos de mandeira em duas partes pregadas (aquela que toca a água). Há poucos de madeira, pois não há arvores na região para tanto, dá muito trabalho conservar, entretanto é mais seguro, se virar não afunda, já o do metal, não.

As artes são redes, cujo tamanho entre as malhas são decididos também na comunidade. O inusitado para os nossos olhos são as preocupações dos pescadores com a perda total de redes, por conta de que a represa possui muitos crocodilos. Alias outro perigo para os pescadores são os hipopótamos que em período de crias pequenas, podem se assustar e atacar os barcos, Ano passado houve duas mortes decorrente do ataque de hipopótamos.

Após o recolhimento dessas informações, fomos novamente, de carro, é muito longe, para a sede do Centro Comunitário, onde foi debatido varias questões de muita importância para os pescadores, com destaque para: as varias possibilidades de manejo, período de defeso (os pescadores não recebem compensação pelo período), gelo (vem de Maputo), aqüicultura.

15h IDPPE – foi instalado o comitê técnico bilateral Brasil – Moçambique, após acordo entre o Ministro da SEAP e o das Pescas de Moçambique. Hoje, o relato foram dos vários órgãos que compõem o ministérios, IDPPE, Administração do Ministério, Fomento (um pouco apenas), Instituto de Fiscalização e Controle. O debate focalizou-se no conceito sobre pesca artesanal, cooperativismo, associativismo, metodologias de implicação de atores, manejo etc.

18h - Foi debatido o encaminhamento dos próximos dias:
Quarta, 8:30h, visita a experiência em aqüicultura, Almoço com o embaixador (a confirmar). À tarde visita a comunidade de pescadores artesanais de costa marítima, na Costa do Sol.

Quinta feira, 8h, Reunião com o Ministro da Pesca e com o embaixador brasileiro. 9h – Laboratório de Fiscalização e controle. 10h – Escola de Pesca. 12h – Instituto de Investigação pesqueira. 14:30h – no IDPE, inicio da negociação das propostas de parceria a serem executadas num ano. 17:00h encerramento.

Sexta feira – todo o dia está reservado para elaboração da ata e do protocolo de colaboração a ser assinado pelos dois ministros.
Por hoje é só, amanha continuo com os registros.

Sidão.

Diário da Missão a Maputo - 25/05



Oi pessoal,
Rápido, pois a rede esta lentíssima e estou a horas tentando enviar e, por isso, aproveito e envio para todos. Desculpem-me não individualizar.


Diário da missão a Maputo, 25 de maio de 2009


A programação foi a seguinte:

10h – Reunião na embaixada brasileira com o embaixador Antonio J.M. de Souza e Silva. Estávamos presentes Mauro, João, Luiz Henrique e eu. O encontro foi produtivo e orientador sobre as relações diplomáticas Brasil com Moçambique tendo em vista o acordo a ser assinado até sexta feira entre os dois países. O embaixador nos disse haver dezenas de projetos de intercâmbio, vindos de vários ministérios, outros órgãos e que até hoje apenas dois deles foram implantados. Foi bastante enfático para que se tente produzir um convênio que de fato produza efeitos concretos e visíveis.

11:30h – Reunião no Instituto de Desenvolvimento de Pesca de Pequena Escala – IDPPE. Estavam presentes, além de nós quatro: Simeão Lopes, diretor do IDPPE; Maria Ascenção, diretora adjunta do IDPPE; Ernesto Poiose – Departamento de Desenvolvimento Social – IDPPE; Dulce Penguana, Departamento de Planificação Técnica e Cooperação – IDPPE; Augusto Nhampule – Diretor Nacional da Administração Pesqueira, Isabel Omar – Instituo de Desenvolvimento de Aquacultura –INAQUA; Ilidio Banze – técnico do INAQUA; Angelina Dengo - Departamento de Cooperação Internacional do Ministério das Pescas.

11:30h – A reunião foi aberta pelo diretor do IDPPE . Esclareceu-se haver relações pontuais com o Brasil, no Cearta, no Projeto Comunitários da Prainha e com a UFSC, onde dois técnicos do Ministério cursam mestrado em aqüicultura. Em seguida negociou-se o objetivo do encontro dessa semana. Após o debate ficou decidido que o fórum fosse entendido como uma Comissão Técnica Bilateral a ser chancelada pelos dois ministros, o que lhe atribuiria poderes para sancionar oficialmente o que fosse acordado. No meio da tarde, tanto o Ministro das Pescas, como o da SEAP, formalizaram o acordo, via internet. Foi constituída então a Comissão Técnica Bilateral, restando ainda informar quais são os nomes que serão oficialmente designados, em particular do lado moçambicano.

13:30h – Mauro Ruffino fez uma apresentação sobre Gestão Compartilhada de Recursos Pesqueiros, primeiro sobre Lagoa dos Patos, que presenciou durante sua graduação em Rio Grande, lá ocorre importante experiência de manejo participativo. Em seguida apresentou a experiência do Projeto Pro - várzea. Finalmente explanou sobre o Departamento de Registro e Estatística Pesqueira, na qual é o diretor.

14:30h – Almoço

15:00h – João apresenta os programas e projetos em desenvolvimento que estão sendo implementados pela Coordenação Geral da Pesca Artesanal, dirigido por ele.

15:30h – Luiz apresentou os programas de aqüicultura da SEAP da Coordenação Geral de Aqüicultura Continental.

16:00h – Eu apresentei a historia, diretrizes, prioridades e planos para 2009, 2010, no âmbito nacional e internacional.

16:30h – balanço da reunião, acordou-se a nossa visita a uma região de pesca, amanha, 7h da manha, nos arredores de Maputo.

Ficou também acertado que às 15h retornaremos para o IDPPE, de sorte podermos ouvir os programas do Ministério das Pescas de Moçambique. Foi comunicado também que o ministro recebera a missão brasileira na quinta feira próxima, às 08:30h em seu gabinete. Acordamos entre nós quatro que convidaremos o embaixador brasileiro para nos acompanhar no encontro, para selar oficialmente o comitê técnico bilateral.
Na quarta-feira e na quinta-feira estão previstas novas visitas que eu informo posteriormente. Sexta-feira está reservado para detalhar o convênio, com metas, responsabilidades e orçamento.

A Agencia Brasileira de Cooperação reservou US$ 300.000,00 para ser utilizado até o final de 2010. Além disso, foi anunciado pelo Mauro, haver recursos canadenses, sem precisar o valor que poderiam ser utilizados até o final de 2010.

Considerações finais - eu avalio que ainda está incerto os termos do convênio que será estabelecido, visto que os vários departamentos apenas hoje tomaram pé da situação, apesar do Ministro ter enviado ao Brasil uma planilha com demandas. Problemas de comunicação trouxeram dificuldades que a gente espera que sejam contornados.
Sidão.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Relatos de África: Diário de Viagem a Maputo/Moçambique do Prof. Sidney Lianza



Pessoal, restabelecida a internet em casa, estou editando as postagens para serem melhor aproveitadas. Desculpem-me pela demora nas postagens. Aproveito a oportunidade para saudar nossos irmãos africanos. Abraços Sidão, Mauro e demais que compõem a missão.

Diário da missão a Maputo, 24 de maio de 2009

Oi Claudio Dimande (o amigo moçambicano do SOLTEC)



Voce (Claudio Dimande)pode, deve comemorar, nós devemos a voce essa viagem, não só, mas fundamentalmente. (...) Há uma falta de diálogo entre todos os departamentos, pequeno porte, aquicultura e demais.Ontem saimos para almoçar num restaurante ao lado da 25 de setembro, proximo do palácio do Primeiro Ministro.

Estamos aqui, Mauro, Luiz Henrique (técnico da area de aquicultura da SEAP) e João (coordenador geral da pesca artesanal) e eu. O clima entre nós esta muito bom, Comi ontem uma posta grelhada de garoupa grelhada maravilhosa.

Hoje saimos para conhecer um pouco melhor a cidade. Primeiro fomos ao Mercado Municipal de 1901, muitos agradável, onde tivemos o primeiro contato com os legumes, verduras, peixes oferecidos na cidade e o maravilhoso artesanato, esculturas de madeira (principalmetne ebano), pinturas, etc, etc.


Depois pegamos um táxi e fomos ao Mercado do Peixe, algo bem mais informal, onde fiquei encantando com a diversidade, com o frescor (tudo do mesmo dia, da Baia de Mapucto), caranguejos vivos, peixes (diversos, cores e tamanhos diversos), ameijos (moluscos) vivos, camaroes de varios tipos - até o camarão tigre (mais ou menos 20 cm de comprimento! ). Caminhamos ao longo da praia, bastante, vimos o povo jogando futebol na praia, passeando, jogando conversa fora, ouvindo musica enconstados nos carros, varios panos coloridos = lindos, de todos os tipos e tamanhos = uma pintura para nos avisar definitivamente que estavamos em Africa.

Passamos em um lugar que esculpia e vendia estatuetas de ebano. Vimos varios vendedores ao longo da calçada

Sempre tomando o cuidado de não morrer atropelado por conta da mão inglesa!!!!! !!!!!!!!! !!Um perigo.
Em seguida ficamos quase tres horas num restanurante, nos quatro, comemos lula, camarao, vermelho, risoto de frutos do mar, torti de maracuja, tudo maravilhoso.
O que mais impressiona é a quantidade de Claudios Dimandes que a gente ve por aqui. Por todo lado, com o sorriso e o sotaque...

Fomos so shopping que inauguraram acho que há um mês. Fica aqui ao lado. Com certeza nada a ver com a cultura local, simbolo da globalizaçao, O que mais me revoltou na maioria esmagadora das lojas os manequins e as propagandas eram homens brancos,de todos tipos. Foi irritante tamanho desrespeito declarado.

Fizmos compras no supermercado para nao ter que ficar na mao do hotel.

Estamos agora aqui, para nos preparar para o primeiro dia.

Amanha 10h reuniao com o embaixador brasileiro, 11:30h inicia reuniao no IDPE (PESCA DE PEQUENO PORTE) onde todos nos apresentaremo- nos, incluindo outros departamentos que nao estavam previtos (aquicultura etc) . A Rede Solidaria da Pesca eu apresntarei aa tarde.
Terça e quarta iremos visitar lugares onde desenvolve-se pesca artesanal continental e aquicultura, Alem disso deversmo ir visitar a Escola de Pesca.

Amanhã tento dar mais boas novas.

Beijos felizes de poder estar vivo e aqui!

Sidão

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Rede Solidária da Pesca participa de missão oficial brasileira a Moçambique sobre desenvolvimento da pesca

Aos companheiros da UFRJ e da Rede Solidaria da Pesca,

Está confirmada a missão a Moçambique. A delegação é chefiada pela SEAP, na pessoa do Mauro Ruffino, junto com o técnico em aquicultura, Luiz Henrique, e o professor Sidney Lianza pelo SOLTEC - UFRJ e pela Rede de Solidariedade da Pesca. A viagem acontece nessa sexta-feira dia 22/05.


Essa missão foi um trabalho iniciado em dezembro de 2006, com destaque permanente para Claudio Dimande(SOLTEC/UFRJ)onde esteve este tempo todo articulando as bases desse intercâmbio. Fez a visita em dezembro daquele ano, em nome do SOLTEC e da PAPESCA, para apresentar os dois projetos e convidar o Instituto de Pesca de pequeno porte a comparecer ao II seminario em Macae, que fundou a Rede Solidaria da Pesca.

Depois de muitas voltas e luta, finalmente conquistamos a missão. Estamos de parabéns! É uma homenagem ao companheiro moçambicano Claudio Dimande.
Boa Viagem Sidão!

terça-feira, 19 de maio de 2009

A nossa pequena homenagem ao poeta Mario Benedetti

Domingo, dia 17 de maio, faleceu o poeta uruguaio Mario Benedetti (1920-2009). A América Latina encontra-se em luto. Abaixo, publicamos uma das três poesias enviadas pelo companheiro Vicente, o Vini, do RJ, que teve a iniciativa de postar essa bela homenagem ao poeta.

Hagamos un trato

Cuando sientas tu herida sangrar
cuando sientas tu voz sollozar
cuenta conmigo.
(de una canción de Carlos Puebla)


Compañera,
usted sabe
que puede contar conmigo,
no hasta dos ni hasta diez
sino contar conmigo.

Si algunas veces
advierte
que la miro a los ojos,
y una veta de amor
reconoce en los míos,
no alerte sus fusiles
ni piense que deliro;
a pesar de la veta,
o tal vez porque existe,
usted puede contar
conmigo.

Si otras veces
me encuentra
huraño sin motivo,
no piense que es flojera
igual puede contar conmigo.

Pero hagamos un trato:
yo quisiera contar con usted,
es tan lindo
saber que usted existe,
uno se siente vivo;
y cuando digo esto
quiero decir contar
aunque sea hasta dos,
aunque sea hasta cinco.

No ya para que acuda
presurosa en mi auxilio,
sino para saber
a ciencia cierta
que usted sabe que puede
contar conmigo.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Primeira conquista em rede da Rede Solidária da Pesca


Representantes da Rede Solidária da Pesca estiveram em Brasília na formação de formadores nacionais para a execução do Plano Setorial de Qualificação em Economia Solidária (PLANSEQ ECOSOL). Nessa atividade importante recebemos duas notícias que representam um marco histórico para a Rede Solidária da Pesca.

Depois de 2 anos e meio de construção coletiva, de batalha, de articulação, tivemos o primeiro projeto aprovado com recurso liberado da Rede. Foi fruto da parceria com a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da República SEAP/PR, que é a financiadora do projeto.

Na terça-feira foram liberados os recursos do projeto para executar as Oficinas de Elaboração e Gestão de Projetos, que também viabilizará a realização de um seminário para o início da construção do Projeto Educacional para a Pesca, que vínhamos construindo aos trancos e barrancos. Além disso, viabilizará termos uma pessoa preocupada com a coordenação pedagógica de todo esse processo.

Importante lembrar que além desse recurso já disponibilizado, há também os recursos do PLANSEQ ECOSOL, que estão aprovados e estão em processo de liberação e que estão disponíveis para a execução de dois cursos com duração de 200 horas cada (Gestão social da Cadeia Produtiva da Pesca Artesanal e Gestão Compartilhada dos Recursos Pesqueiros) em cinco municípios presentes em territórios da RSP (Santarém - PA, Parintins - AM, Pirapora - MG, Tefé - AM e Cabo Frio - RJ). Há também mais quatro oficinas sobre exigência sanitárias para os empreendimentos econômicos ligados a pesca artesanal e comércio justo e solidário.

Agora, é arregaçar as mangas e trabalhar. Parabéns a todos e todas por essas primeiras conquistas, de muitas que ainda virão.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Pescador sofre atentado a balas no Rio de Janeiro

Pessoal,

Hoje a boniteza da vida, como dizia Paulo Freire, deu lugar a feiura da vida. Alexandre Anderson, trabalhador da pesca e integrante do movimento "Grupo Homens do Mar da Baía de Guanabara", sofreu um atentado violento contra a sua vida na madrugada do dia 30 de abril por causa de sua luta contra as irregularidades cometidas pelo Pólo Petroquímico em Itaboraí - RJ da Petrobrás. Abaixo, segue o relato do próprio Alexandre.

Abaixo do relato está a carta denúncia do ocorrido e pedimos que todos e todas reencaminhem essa moção como indicado na mensagem para pressionar as autoridades realizarem imediatamente uma investigação séria que apure os envolvidos.

Para finalizar essa postagem, trago mais uma de Paulo Freire, que dizia que há dois sentimentos, duas emoções éticas que movem as transformações sociais: o amor e a raiva. Não podemos mais permitir essa escalada de criminalização dos movimentos sociais em nosso país continue. Todo nosso apoio Alexandre.

Relato de Alexandre

Caros amigos neste momento estou indo para um lugar seguro, com minha esposa e filho, longe de minha casa e trabalho, pois "hoje por volta das 00:30 hs., chegando da pesca fui recebido á "tiros" de "arma de fogo", feitos da direção do canteiro de obras do "Projeto GLP da Baía de Guanabara", onde verifiquei dois indivíduos correndo para minha direção, os disparos passaram próximo a mim alguns centímetros, sem contar as ameaças constantes por telefone. Justamente no mesmo período que vem acontecendo o "Protesto dos Pescadores em Praia de Mauá, em frente ao canteiro do Projeto GLP - PETROBRAS S.A. Estou no dia de hoje fazendo ocorrências policiais.

Farei contato futuro.

Obrigado.

Alexandre Anderson - Grupo Homens do Mar da Baía de Guanabara

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Excelentíssimo Senhor,

É com imenso pesar que lhe dirigimos esta correspondência. As organizações que a escrevem –e subscrevem- são reconhecidas em suas respectivas áreas pelo trabalho que realizam pela ampliação e reforço do cumprimento dos direitos humanos e constitucionais dos cidadãos brasileiros em sua concepção ampliada, incluindo direitos econômicos, sociais, políticos e culturais.

Foi com muita revolta e indignação que recebemos a notícia do atentado contra a vida do Sr. Alexandre Anderson, presidente do Grupo Homens do Mar na madrugada do dia 30 de abril de 2009 em sua casa no Rio de Janeiro. Esta organização e o Sr. Alexandre vêm acompanhando a atuação da Petrobras na Baía de Guanabara há um bom tempo e denunciando sistematicamente suas violações e crimes. Talvez por isso venha sendo constantemente vítima de ameaças e perseguições, que culminaram no crime que é objeto deste ofício.

O registro de ocorrência deste atentado deu-se em sua delegacia, por isso resolvemos lhe encaminhar este ofício como forma de protestar e exigir a tomada das devidas providências a respeito deste terrível crime. Nós estaremos acompanhando todo esse processo. Esperamos que os direitos humanos sejam válidos e respeitados em nosso país em todas as situações e que possamos contar com o apoio de sua instituição nesta empreitada. Aguardamos os encaminhamentos e as providências que a sua delegacia tomará a respeito deste atentado.

Atenciosamente,

Enviar fax para:

66 º Delegacia de Polícia
Delegado Dr. José Mario Alves dos Santos
Endereço Av. Santos Dumont s/n Piabetá
Tel: (21) 3399-5260

terça-feira, 5 de maio de 2009

Pescadores da Amazônia

Olá pessoal,
Publico hoje, dando continuidade a nossa exposição virtual de pescadores do mundo, uma foto publicada originalmente pelo Instituto Sócioambiental, enviada pelo nosso amigo Vini. Obrigado Vini!! Mande sempre!!


Os Arawete em pesca coletiva, no começo da estação seca, em lago próximo da aldeia com o "hara". Foto: Eduardo Viveiros de Castro, 1982.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Pescadores do Paquistão


Olá pessoal,

Para evidenciar como a pesca artesanal é universal, posto hoje uma bela fotografia de pescadores do Paquistão voltando de um dia de trabalho na cidade de Karachi, que foi publicada pela Agência de notícias Reuters e reproduzida pelo site da UOL.

Abraços